19/07/2017 - mercado Imobiliário
Otimismo. Essa é a palavra que ronda as empresas do ramo imobiliário desde o início de 2017. Se o mercado ainda não está mil maravilhas, o princípio da retomada econômica do País já traz perspectivas animadoras para novos negócios. O ZAP Pro procurou algumas das principais empresas e o coordenador do Índice FipeZAP , Eduardo Zylberstajn, para saber as tendências para os próximos meses.
O diretor de Comunicação, Marketing e Vendas da MRV, Rodrigo Resende, acredita 2017 será de retomada para o mercado imobiliário. “À medida que o cenário macroeconômico começa a dar sinais de melhora, as pessoas ganham mais confiança e voltam ao mercado para procurar e investir em imóveis. Visualizamos um 2017 mais otimista em comparação com o ano que passou”.
Para 2017, a MRV acredita que entregará pelo menos 40 mil unidades habitacionais (em 2016 foram de 39 mil unidades e no acumulado dos últimos três anos foram 120 mil imóveis. “Estamos presentes em mais de 140 cidades, do Nordeste ao Sul do país, o grande diferencial da MRV são seus 37 anos dedicados exclusivamente à construção e à incorporação de unidades residenciais econômicas numa única e consolidada malha de negócios” ressalta Resende.
Diretor de Vendas da Helbor Empreendimentos S.A., Marcelo Bonanata pensa que aos poucos a economia do País vai se restabelecer e o mercado imobiliário tende a seguir pelo mesmo caminho. “Prova disso é a aceleração de vendas consistente que a Helbor registrou no quarto trimestre do ano passado, bem como tem sido notada nos dois primeiros meses deste ano. Esses dados se contrastam principalmente se comparado com os três primeiros trimestres de 2016”.
Bonanata diz que a tendência é que o setor volte a lançar empreendimentos e o mercado absorva-os. “Tanto acreditamos nisso que lançamos a primeira etapa do Caminhos da Lapa Home Club (em São Paulo) no fim de 2016 e estamos preparando o lançamento da segunda etapa para os próximos meses”.
Leonardo Mesquita, diretor de negócios da Cury Construtora, também está otimista para 2017. Ele lembra que o sonho de muitos brasileiros é comprar a casa própria e, com a implementação das novas regras do Minha Casa, Minha Vida, anunciadas recentemente pelo Governo Federal será possível um acesso maior dos consumidores ao programa. “Essa medida beneficiará não só a população, como também o setor que ficará mais movimentado, ampliando assim, as nossas possibilidades de negócios para os próximos meses”.
O diretor afirma que a Cury usará a sua expertise para encontrar terrenos e desenvolver produtos adequados para o perfil específico de clientes que atendem. “São fatores que nos possibilitaram passar pelo momento de crise econômica com excelentes resultados financeiros”.
Fernando Trotta, responsável pelas Operações em São Paulo da MDL, diz que o setor já sente uma alteração no cenário e as perspectivas para o ano são promissoras. “Com a queda da taxa de juros, o aumento do limite do FGTS e a discussão sobre a regulamentação dos distratos, o mercado apresenta sinais reais de melhora, que tendem a se intensificar em 2018. No caso da MDL, tivemos, em 2017, o melhor janeiro de vendas desde 2012”.
A MDL é voltada para o segmento de alto padrão em São Paulo. “Esses anos difíceis foram importantes para aprimorarmos nossos processos e a eficiência operacional. Em 2015, tomamos a decisão de criar a MDL Vendas, focada em atendimento online e que hoje é o principal canal de vendas da companhia”.
O diretor comercial da Even Construtora e Incorporadora, Marcelo Dzik, acredita que a redução da taxa de juros e a ampliação do teto para compra de imóveis com os recursos do FGTS tornaram o cenário mais favorável. “Para driblar os desafios decorrentes da desaceleração do setor, um dos nossos focos é a venda de estoque e, para isso contamos com duas empresas de vendas próprias, estratégia que tem se mostrado muito adequada, já que os corretores têm conhecimento profundo dos produtos e podem adequar a necessidade dos clientes à nossa oferta diversificada”.
A Even tem apostado também em lançamentos. “São produtos que entendemos que podem ser melhor absorvidos pelo mercado e que estão bem ajustados em relação a demanda atual e ao patamar de preços que vem sendo praticados”, diz Dzik.
Luciano Amaral, diretor-geral da Incorporadora Benx, ressalta que a empresa resolveu inovar e criou uma nova plataforma de negócios, com empreendimentos econômicos em regiões centrais de São Paulo. “O mercado imobiliário sempre pensou da mesma maneira: projetos de alto padrão são desenvolvidos em regiões centrais e projetos econômicos, na periferia. Mas todos querem morar em regiões próximas aos polos de emprego, com acesso às escolas, meios de transporte, grandes vias, áreas de lazer e serviços”, afirma.
Coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn pensa que 2017 ainda vai ser desafiador para o mercado imobiliário por conta do alto desemprego e do elevado estoque das incorporadoras. “Mas a boa notícia é que estamos observando uma redução muito expressiva das taxas de juros no País. Isso é fundamental para permitir o funcionamento saudável do mercado imobiliário”.
Nesse sentido, imagina Zylberstajn, as vendas ficarão num patamar maior do que em 2016. Ele chama também a atenção para a recuperação judicial da PDG, que já foi a maior construtora e incorporadora do País. “Apesar de muitas famílias estarem sofrendo com atrasos de obras e incertezas, o mercado parece muito mais saudável do que em crises como a quebra do BNH ou a falência da Encol. Então, apesar de tudo, me parece que temos um ambiente institucional sólido: depois da maior crise da nossa história, os danos parecem estar contidos”.
Fonte: Zap Pro
José Antônio Potrich - Corretor de Imóveis
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